Queda de Cabelo: as soluções médicas recomendadas pela Dra. Vera Matos

Dra. Vera Matos
há 1 dia
3 min de leitura

A perda de cabelo é um problema que afeta milhares de pessoas e vai muito além da estética: toca a autoestima, o bem-estar emocional e a confiança.

A médica especialista Dra. Vera Matos, do Instituto Face Mi, em Braga, tem-se dedicado a estudar as causas e soluções mais eficazes para a alopécia, com uma abordagem médica baseada em evidência e totalmente personalizada.

Partilha agora as suas recomendações para cada tipo de queda capilar e explica por que razão o PRP Capilar e o Transplante FUE são, hoje, dois dos tratamentos com maior taxa de sucesso.

Diagnóstico clínico: a base de qualquer tratamento capilar

De acordo com a Dra. Vera Matos, não existe um único tipo de queda de cabelo - e muito menos uma única solução. É por isso que, na sua prática clínica, cada paciente passa por uma avaliação médica rigorosa e personalizada, que pode incluir:

História clínica detalhada;
Análises laboratoriais;
Exame físico do couro cabeludo.

Só com esse diagnóstico é possível determinar se a causa é genética, hormonal, nutricional, inflamatória ou autoimune - e, com isso, definir um plano de tratamento individualizado.

Transplante Capilar

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Cada alopécia exige um plano de tratamento diferente

Segundo a especialista, tratar todos os tipos de queda da mesma forma pode ser não só ineficaz como até prejudicial.

Por exemplo:

Alopecias cicatriciais, como líquen plano pilar ou lúpus, requerem contenção da inflamação com medicação imunomoduladora. PRP ou transplante capilar não são indicados sem estabilização prévia.

Alopécia androgénica, mais comum em homens e mulheres, responde bem a medicação tópica, oral e, em fases iniciais, ao PRP. Quando o folículo já está atrofiado, o transplante capilar pode ser a única solução.

Eflúvios telógenos - comuns após cirurgias, stress, pós-parto ou COVID-19 - são geralmente reversíveis. O PRP pode acelerar significativamente a recuperação.

O tratamento da alopécia androgénica: foco na preservação

A alopécia androgénica (AGA) é uma condição progressiva influenciada pela ação da hormona DHT (dihidrotestosterona) nos folículos pilosos. A resposta ao tratamento depende da precocidade da intervenção e do grau de miniaturização dos folículos.

Para os homens, a Dra. Vera Matos recomenda geralmente:

Finasterida ou Dutasterida oral (inibidores da DHT);
Minoxidil tópico ou oral;
PRP capilar e suplementação;
Transplante FUE em casos avançados.

Nas mulheres, o plano pode incluir:

Minoxidil (tópico/oral);
Espironolactona ou Dutasterida (off-label);
Correção de défices nutricionais;
PRP com bons resultados em fases iniciais;
Transplante capilar, se indicado.

PRP Capilar - Plasma Rico em Plaquetas

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PRP Capilar: a solução biológica para reativar os folículos

O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é um procedimento minimamente invasivo que utiliza fatores de crescimento extraídos do próprio sangue do paciente. Estes fatores são injetados nas zonas de rarefação capilar, estimulando a regeneração dos folículos dormentes e melhorando a densidade.

É indicado especialmente para:

Alopécia androgénica em fases precoces;
Queda pós-COVID ou pós-parto;
Manutenção dos resultados após transplante capilar.

Transplante FUE: quando o cabelo já não volta sozinho

Nos casos mais avançados, quando os folículos estão inativos ou ausentes, a solução definitiva pode ser o transplante capilar FUE. Neste procedimento:

Os folículos são retirados individualmente da zona doadora (normalmente a nuca);
São implantados um a um na zona calva;
Os resultados são naturais e permanentes.

O PRP pode ser associado antes e depois da cirurgia, melhorando a recuperação e a fixação dos enxertos.

Combinação terapêutica: PRP e Transplante Capilar

Ambos têm indicações distintas. Em muitos casos, a combinação de tratamento médico, PRP e transplante é a chave para alcançar os melhores resultados.

Segundo a Dra. Vera Matos, a combinação de tratamento médico, PRP e transplante capilar é muitas vezes o caminho mais eficaz. O segredo está na precocidade da abordagem. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, maior a probabilidade de preservar os folículos ainda ativos e evitar a progressão da alopécia.